Estrela do céu, que estás a brilhar, diz-me se em mim o meu amor está a pensar. 

Se em mim está a pensar, então eu hei de ouvir: uma porta a bater, um cão a ladrar, uma criança a chorar ou um homem a cantar.

Ao fim de 24 anos, é verdade que as pessoas ainda surpreendem, os gestos ainda são, por vezes inesperados, mas aos cobardes, a cobardia sempre permanecera, para os vingativos, a vingança é um mote de vida, aos conquistadores, a conquista é o destino, os presentes, nunca faltam, os ausentes.. anyway.
As atitudes permanentes que mudam de face consoante o interesse e necessidade pessoal, vão sempre estar presentes, quer queira,quer não, quer aceite, ou não. O fundo da questão é, ou te adaptas, ou viras costas. Mas sempre consciente de que, nada se vai alterar nesse campo.

=')

Porque há coisas que parecem banais mas não o são. Frases que podem ser repetidas até à exaustão sem deixarem de ser a mais pura representação dos laços que nos unem. Porque são fortes os meus amigos.
Os que são o pai e o irmão que não deixo mais ninguém ser, os que se aninharam há muito tempo num espaço exclusivo da minha vida, relembrado ou esquecido mas sempre presente. Porque ontem à noite, adormeci com o coração a transbordar de alegria. Porque ontem à noite, mais nada pedi à vida. Só lhe agradeci os amigos que me deu...

"Diz-me um olá… no meu ouvido encortiçado

Pelo silêncio das palavras mais esquivas…

Fala do conto que não foi sequer narrado

No nobre esboço do condão das narrativas…"

António Prates

(In Sesta Grande)

Existe uma magia em ti, que se pronuncia em mim, mesmo `a distancia, a todos os segundos, quando penso nas marcas que me cravaste no peito, com a simples presença de um olhar profundo que nunca esquecerei. Sinto-te tão perto. E ao mesmo tempo tão longe.
Mas ainda hoje posso dizer. Sinto-te em mim! Chamem lhe loucura, delírios da mente, eu chamo-lhe instinto de quem sabe que nada é em vão. Não existem coincidencias... transpareces puramente o efeito do balanço da vida.

Estás a sentir?

Os acontecimentos deste mês fizeram com que este espaço ficasse por estes tempos abandonado à falta de palavras... Palavras essas que parecem ainda tão pequenas e insignificantes no meio de um turbilhão de sentimentos.  A incapacidade que sinto em faze-lo é ainda muito forte e a tentativa de hoje é novamente frustrada. Quem sabe um dia consiga... Quem sabe o medo vincado no peito desapareça... quem sabe o cansaço desvaneça... E não sinta mais necessidade de falar sobre isso... Oxalá... Até lá, fica bem guardado no fundo do peito.

Agora há outra coisa (entre tantas) a (re)aprender: permitir a  menina que habita a mulher, voar, tão leve que talvez possa flutuar...