Noite

Outra noite sozinho
Acordado a matutar, enquanto a cidade dorme sobre o meu olhar.
Tão atento e ao mesmo tempo tão distante…
Como que uma estrela cintilante no céu, observo repetidamente

Uma cidade que dorme pacifica,
Sobre uma concha protectora,
Tão sedutora a imagem apresentada da minha janela
Onde existe algo de mágico nela.
Algo que me acalma e me completa.

Vejo a noite brilhar no horizonte,
E penso na magia de outrora,
Quando ficava-mos a ver a aurora raiar.

Quando o meu coração era teu prisioneiro
E tu minha carcereira,
Alheia a tudo e todos entregavas o teu amor
E acalmavas a minha dor.

Nesta noite
Onde a cidade descansa sossegada,
Sinto falta do sabor dos teus beijos.
Sinto os meus desejos afundarem-se.

Nesta noite onde sozinho penso,
Lamento por um momento
Tudo aquilo que esqueci…
Porque te perdi…

Noite de calma e reflexão,
Faz transbordar a paixão adormecida,
A memória esquecida.
Todos os sentimentos há muito guardados.
Dos quais eu me havia esquecido e reservado

Esta é a noite que conhece as minhas mágoas
A noite que me abraça e que me aconselha.
Noite que acalma e me mantém em paz.

Serena e secretamente
Torna-me capaz de superar os meus erros
Enquanto guarda os meus segredos
No meio de estrelas cintilantes.

Porto de abrigo de um bandido enamorado
Musa inspiradora deste poeta amargurado.
Esta e a noite que conheço…
A noite que amo.

(Tragedies)



*Está Lindo!!!